NÊGA QUE DÁ

Oh nêga, se eu te pego por aí,

Nas vezes em que dizes que sai para bailar,

Vagando pelas calçadas, com o corpo à mostra

E aquele seu jeito de quem quer instigar...

Outra vez em esquinas, nas noitadas, à procura de alguem pra dar.

Ah nêga, não faz isso comigo,

Te dei casa, carinho e abrigo,

Uma cama limpa depois da trepada de cada dia,

Dinheiro e uma vida tranquila.

Eu fingo de cega, faço que acredito,

Se te questiono você nega, diz que o problema é contigo,

E eu nem duvido!

Mas pra que tanta enrrolação?

Vou logo te esclarecer,

Entre a razão e o coração na mão,

Pior nem é dar, é vender!

Tento entender o teu lado,

Seu gosto, costume, legado...

Mas tente entender o meu,

Todos que te pagam, são também um pouco eu.

Respeito tua liberdade,

Mas o amor é mesmo tão egoísta!

A verdade hoje é raridade,

E dar é só um ponto de vista.

Daiane Alves
Enviado por Daiane Alves em 26/11/2014
Reeditado em 26/11/2014
Código do texto: T5049417
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