NÊGA QUE DÁ
Oh nêga, se eu te pego por aí,
Nas vezes em que dizes que sai para bailar,
Vagando pelas calçadas, com o corpo à mostra
E aquele seu jeito de quem quer instigar...
Outra vez em esquinas, nas noitadas, à procura de alguem pra dar.
Ah nêga, não faz isso comigo,
Te dei casa, carinho e abrigo,
Uma cama limpa depois da trepada de cada dia,
Dinheiro e uma vida tranquila.
Eu fingo de cega, faço que acredito,
Se te questiono você nega, diz que o problema é contigo,
E eu nem duvido!
Mas pra que tanta enrrolação?
Vou logo te esclarecer,
Entre a razão e o coração na mão,
Pior nem é dar, é vender!
Tento entender o teu lado,
Seu gosto, costume, legado...
Mas tente entender o meu,
Todos que te pagam, são também um pouco eu.
Respeito tua liberdade,
Mas o amor é mesmo tão egoísta!
A verdade hoje é raridade,
E dar é só um ponto de vista.