O tempo

Hoje acordei pensando no tempo, não se vai chover ou fazer sol, mas aquele tempo que se vai a cada segundo, a cada piscar de olhos, a cada poema não feito, a cada afeto recusado, a cada amor desperdiçado. O tempo que se oferece libidinoso todos os dias, pronto para ser bem utilizado, tempo útil, que pode ser até improvisado, tempo de abraços sinceros, de lembrar dos amigos, tempo de agora, não o tempo perdido. Tempo que se tem tempo para a caridade, para uma ligação de surpresa, uma mensagem, um “preciso de você ao meu lado”, tempo de fortalecer afetos, amores, tempo para esquecer dissabores. Tempo para se viver o verdadeiro tempo, que recebemos ao nascermos e que não damos a verdadeira importância ao vivermos assim sempre “sem tempo” para nós mesmos. Tempo corre, escorre pelos nossos dedos, tempo de contar segredos e tirar o peso do tempo que os guardamos, tentando enganar o tempo que riu de nós e foi passando. Hoje acordei e resolvi pensar no tempo, tempo que me resta para não mais perder tanto tempo.


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José Benício
Enviado por José Benício em 26/11/2014
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