Confissões da dama da noite 2

Numa certa noite.
Encontrei Misael.
Misael, nome fictício.
Mas nada de cilício.

Ele tinha uma mulher
E uma menina.
Mente sem disciplina.
Não sabia o que escolher.

Homem irônico,
cheio de si
Perpétuo Socorro
somente o que cria.

Convidou-me para um drinque.
Não sabia que eu sabia.
De uma casa e uma família.
Que Ele não entendia.

Sentei-me,
escolhi o melhor.
Seu corpo pulsava.
Eu nada alçava.

Pediu a conta.
E seguimos em direção
Sem a noção.
de onde estar a ponta.

Mulher, disse ele:
- o que queres que eu te faça?
Rapidamente disse eu:
- que me deixes a primeira estrada.

Assim, seguiu Misael.
Com o cálice de fel.
Na primeira estrada
a morte o seguiu de mão dada.

Nada eu sabia
de uma família que não cabia
a morte tão somente esperou
aquilo que não perdurou.


 
Valmir Silva
Enviado por Valmir Silva em 21/11/2014
Código do texto: T5043390
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