ENXERGAR NO ESCURO

Quando o vislumbre de um novo dia se inicia respiro profundamente e abro os meus olhos, meus olhos carnais, meus olhos mortais meus vãos olhos que sucumbem em ver a luz.

Levanto meu corpo e caminho rumo ao meu campo de batalha, revestido de ousadia e de coragem para ser o que sou, tão somente o que sou, o que verdadeiramente sou, sem me importar com acertos, achismos e apontamentos.

A passos longos e impensados trilho meu pelo meu trilho imaginário na velocidade da minha pulsação, sem valorizar as curvas ou as ingrimes montanhas.

Quando me canso das rotinas me jogo do penhasco dentro do lago da euforia e me afogo de forma desvairada, tudo com a intenção de esquecer dos maus momentos, das tristes lembranças e das pessoas fúteis.

Meus olhos me fazem correr perigo, me enganam em certos momentos, más acima de tudo são meus faróis em meio a falta de luz no anoitecer mais escuro onde me apego a solidão gélida.

Nos meus olhos eu confio, nos meus olhos acredito e nos meus olhos me vejo além do espelho da minha alma, onde apenas o bem existe.

Meus olhos me fazem enxergar no escuro me encontrar a cada dia dentro de mim mesmo, na esquina do meu passado e no baú dos meus pensamentos.

JAIRO SANTTOS
Enviado por JAIRO SANTTOS em 19/11/2014
Código do texto: T5040497
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