A bruxa de negro
Eu abri mão de vários sorrisos
Eu escolhi arder às chamas da fogueira
Queimando devagar e continuamente
Por pecados que outros cometeram
Eu paguei todas as dívidas
Da minha avó, tias e primas
Eu assisti ao meu próprio velório
E renasci por entre as cinzas
Amaldiçoei os que me condenaram
A rastejar por ruas e ruas
Eu sou a filha mais nova
Da bruxa que vocês não queimaram.
A bruxa de negro | OUTUBRO DE 2014| M. Carangi