Análise e dúvidas

Não sei bem ao certo que caminho tomar, as vezes acho que fiz a escolha errada, mas será que eu realmente tive uma escolha?

Nem sempre me permito sentir a dor que fica a latejar em peito, busco mil opções para esquecê-la, trabalho, filmes, livros ... Tudo que mantenha minha mente mais ocupada que o costume.

Quem sabe o que realmente passa dentro de mim além de eu mesma,quem poderia saber quando eu mesma tenho duvidas do que sinto...

sei que nem sempre tenho duvidas de como devo agir, o que tomo por verdade assim se torna, mantenho sempre um escudo erguido, uma máscara no rosto, me defendo e escondo do mundo a dor que possuo.

Se a tristeza é grande, o sorriso que todos veem é maior...

Se tenho raiva, ajo com cautela e calma...

Controlo-me mesmo que queira explodir.

As vezes me permito que outros conheça a minha dor, e nem sempre este são dignos de confiança.

As vezes entrego meu coração, mas estes não sabem a dádiva que tem nas mãos e acabam por me magoar.

Então novamente me tranco num mundo só meu e demoro a curar as feridas, me fazer inteira, para poder voltar a esse mundo medíocre que caminham todos os mortais.

Nem sempre volto inteira, trago no peito várias cicatrizes que o tempo não apaga, algumas ainda doem e incomodam, outras voltam a abrir-se quando abaixo a guarda e permito que se aproximem de mim.

Assim é a vida, uma luta constante, muita dor e sangue, e por raros momentos, alegrias.

Por que continuar quando tudo parece ruir?

Se o meu mundo acabar, basta lembrar-me que vivo em uma galáxia em que uma infinidade de “mundos” existem e coexistem quase que pacificamente, então se tudo parece ter desmoronado ao meu redor, busco simplesmente uma forma de construir uma nova vida com as pedras que sobraram.

Afinal sempre fui uma sobrevivente.

Rio;18/01/11