Plantar-te para Morar-te


Morar-te No lado esquerdo de tua seara.

Morar-te nos teus desatinos e devaneios. Morar-te nua e transparente inercial no teu tempo, ser verde e madura, ser árvore de ti...

Onde me colhes com tuas mãos, e tão próxima para que conheças meu cheiro, meu feromônio, minha atração nas cores que a maturidade exibe. Para que me comas devagar, no sentido de querer o sabor somente para ti.

Degustar a fruta pois tenho na árvore de mim o fruto que tanto queres, a fantasia que te move, o motivo que te faz delirar.

Versas, poeta de mim, para mim nos momentos nossos em que o teu amor é teu e o meu amor é meu.

É assim que sinto teu o nosso amanhecer quando em nossas manhãs me despertas, me fazes sonhar acordada, nos teus braços, no meu corpo, sim assim enfim morar-te.

Horas boas, lembranças eternas.

Barcelos 11NOV2014
In: 'Plantar-te para Morar-te.' Prosa de Ibernise.
Ibernise
Enviado por Ibernise em 16/11/2014
Código do texto: T5037357
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