A realidade seria uma quimera!-*
não. não direi que te amo, apenas envio-te a luz nascida dentro das vontades.
declaro que a ausência não pode ser partilhada, pois transbordo sonhos pintados de ti nos meus olhos rasos de azul sinceridade.
não. não direi que te amo, pois pulsa no céu de sentimento a estrela que sagrou a ilusão que vivemos.
há fato, há vinho, há pão, há rima e um verso absoluto.
o festim do silencio destituiu-me a palavra, soçobro teu nome de ouro nas procelas do meu peito devoluto.
como não te sonhar? a interseção dos sentidos descobre-me frágil e rendida.
um sol peregrino acende teu beijo no meu íntimo e mordo cerejas na tentativa de resgatar teu abraço bendito.
há uma mansa certeza que um dia já fomos astros.
vestidos dedos eram de cetim e amores estelares
na órbita de um espaço de poemas infindos...
Karinna*