PÍCARO
Um coração arteiro
Não sabe se dar por inteiro.
É como se fosse de aço
E só se oferece aos pedaços.
São destroços causados pelo desamor,
Onde ainda está gravado sua dor.
Ele não se deixa apaixonar,
Pois sabe o QUANTO pode amar.
Se mantém guardado num cubículo,
Com medo de parecer ridículo,
Por ter uma enorme vontade de se entregar,
À um amor que possa lhe curar.
Mas não se rende... nem diante de protestos,
Os quais ele soluciona com exímio sexo.
Frustrado com suas desilusões
Ele renova e revive suas ilusões
Mas mantém o outro à distância de seu querer
Fazendo um jogo de dar e tirar o poder
É como se fosse vingança
De um menino travesso, uma criança.
Bate o pé e quer TUDO!!
Pois procura um amor que quebre seu escudo.
E o faça amar com a sofreguidão de uma última vez
Mas com o encantamento de sua primeira vez...