O IMPERFEITO

Um vasto céu de estrelas,

reflexos infinitos que se entrelaçam e se fluem

atingindo a imensidão do meu ser,

perdida no intangível, onde as palavras não podem alcançar.

A solidão é absolutamente reflexiva,

momento do porquê e para que.

Há uma busca constante,

que se perde na inconstância de ser.

Há barreiras intransponíveis,

limites que não se podem ultrapassar.

Há perguntas sem respostas,

e há respostas sem perguntas.

Há dúvidas que apontam para caminhos opostos,

por vezes indesejáveis ou talvez nem tão indesejados assim.

Há aquilo que se quer,

o que se pode e o que se tem.

Há forças incontroláveis,

que nos movem contra a própria vontade.

Há o inevitável, que transmuda nossas escolhas,

e faz vivenciar novos horizontes.

Há um medo entranhado,

que perturba os sentidos e impede de tentar.

Há caminhos já traçados

e há aqueles por trilhar.

Há um ser contraditório,

mas de contradições compreensíveis.

Há o humano, imperfeito,

mas indubitavelmente singular.

Fran Locateli
Enviado por Fran Locateli em 11/11/2014
Reeditado em 10/10/2023
Código do texto: T5031619
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