Nascendo do oposto
A linear forma de viver a vida nos prega peças que nos aprisiona a um vil padrão de sobrevivência, pautado no egoísmo, na amargura, no desamor, na ignorância e na dor, nos aprisiona em um calabouço profundo e gélido aonde apenas se é possível sentir o vento frio e o sussurrar da solidão.
Nascemos, crescemos, amamos, vivemos, sofremos e morremos, numa ciclicidade finda que só nos dá a real sensação de que tudo passa, de que tudo acaba, de que tudo é superficial e inexiste de fato.
Levamos tão a sério tudo isso que deixamos de aproveitar as pequenas coisas que nos rodeiam, o nascer rotineiro do sol, o brilhar estonteante das estrelas, o belo cantar de um pássaro o prazer de estar ao lado de quem amamos.
É! Como somos tão acelerados, tão focados no sucesso egocêntrico de sobrepor-se sobre o outro, que nada nos vale a não ser ter riquezas e mais futilidades.
Más quando se bate de frente com a inevitável morte ou a perda, começamos a pensar de uma forma tão rápida que as vezes nem nos sobra tempo de voltar atrás e viver o que nos resta.
Portanto se deleite do seu momento de loucura, de insanidade e se jogue nos braços do seu querer, não exite em fazer o que quer e nem mensure os resultados, apenas faça e renasça do oposto.