Era uma vez
... Ainda que, atordoado e inquieto, parecendo procurar alguém ou alguma coisa, ele pousou na minha janela e nem se deu conta da minha presença, abria e fechava suas asas tentando relaxar creio eu, percebi sua sede e sai devagar para não assusta-lo, quando voltei ele havia se deitado, coloquei água doce para ele, ele bebeu com calma e tranquilidade, para deixa-lo confortável fiz na minha janela uma casa, coloquei perto dele açúcar e água. Uma flor açucarada preparei para ele e a pus do lado de dentro da janela, queria confiar nele e conquistar sua confiança, queria que ele voasse livremente dentro do meu ninho, na esperança que me fizesse companhia nas manhãs dos meus dias,
Ou nas madrugadas de minhas noites, nenhum outro pássaro era bem vindo em minha janela, uns cantavam muito, outros desencantavam-me, nunca colocava agua para eles, eles tinham liberdade na selva, que bebessem água dela, que cantassem em outras janelas, não me importava.
No entanto este beija-flor era diferente, as vezes ele me esperava, batia com o bico em minha janela, eu lhe trazia agua fresca, eu o admirava, fazia questão de sua presença, da minha janela eu observava seus voos, ele sempre voltava, ainda que cansado, as vezes era arredio e selvagem, eu não me importava, nem mesmo quando disparava contra mim seu bico e suas unhas afiadas.
Consciente do meu apego e carinho ele fazia e desfazia de minha atenção, da minha preocupação e do meu medo de que ele voasse para longe e não acertasse o caminho de volta.
Certa manhã ele não apareceu, esperei o fim de tarde ele não voltou...
Na manhã seguinte era eu atordoada e inquieta, o procurei e não o encontrei, perdida voei na selva e encontrei rastros dele por toda parte, até mesmo nos ninhos das andorinhas, na casa do João de barro e das Colibris.
Sem forças entoei meu cântico de tristeza, e era tão profundo que os pássaros silenciaram, até o uirapuru a voz da selva calou-se ante o meu sofrimento.
Ele escutou meu canto e veio rasante em minha direção e atacou-me ferindo meu coração, no chão cai, no chão fiquei e ele se foi.
Ao me recobrar da dor que senti, me levantei, com o coração mesmo sangrando voei até minha arvore, fui na janela arranquei dela sua casa, limpei-a e a fechei.
Não nutro desejo de que ele volte, pois muito me feriu, desprezando tudo que havia em mim, e tudo que fiz, a flor está guardada e talvez ele nunca a terá, que procure em outro jardim facilmente achará e que seja assim, ele distante de mim para que eu possa voar.
Eu, esta pequena beija-flor, fecho a minha vida e escondo meu amor...
Fim.
... Ainda que, atordoado e inquieto, parecendo procurar alguém ou alguma coisa, ele pousou na minha janela e nem se deu conta da minha presença, abria e fechava suas asas tentando relaxar creio eu, percebi sua sede e sai devagar para não assusta-lo, quando voltei ele havia se deitado, coloquei água doce para ele, ele bebeu com calma e tranquilidade, para deixa-lo confortável fiz na minha janela uma casa, coloquei perto dele açúcar e água. Uma flor açucarada preparei para ele e a pus do lado de dentro da janela, queria confiar nele e conquistar sua confiança, queria que ele voasse livremente dentro do meu ninho, na esperança que me fizesse companhia nas manhãs dos meus dias,
Ou nas madrugadas de minhas noites, nenhum outro pássaro era bem vindo em minha janela, uns cantavam muito, outros desencantavam-me, nunca colocava agua para eles, eles tinham liberdade na selva, que bebessem água dela, que cantassem em outras janelas, não me importava.
No entanto este beija-flor era diferente, as vezes ele me esperava, batia com o bico em minha janela, eu lhe trazia agua fresca, eu o admirava, fazia questão de sua presença, da minha janela eu observava seus voos, ele sempre voltava, ainda que cansado, as vezes era arredio e selvagem, eu não me importava, nem mesmo quando disparava contra mim seu bico e suas unhas afiadas.
Consciente do meu apego e carinho ele fazia e desfazia de minha atenção, da minha preocupação e do meu medo de que ele voasse para longe e não acertasse o caminho de volta.
Certa manhã ele não apareceu, esperei o fim de tarde ele não voltou...
Na manhã seguinte era eu atordoada e inquieta, o procurei e não o encontrei, perdida voei na selva e encontrei rastros dele por toda parte, até mesmo nos ninhos das andorinhas, na casa do João de barro e das Colibris.
Sem forças entoei meu cântico de tristeza, e era tão profundo que os pássaros silenciaram, até o uirapuru a voz da selva calou-se ante o meu sofrimento.
Ele escutou meu canto e veio rasante em minha direção e atacou-me ferindo meu coração, no chão cai, no chão fiquei e ele se foi.
Ao me recobrar da dor que senti, me levantei, com o coração mesmo sangrando voei até minha arvore, fui na janela arranquei dela sua casa, limpei-a e a fechei.
Não nutro desejo de que ele volte, pois muito me feriu, desprezando tudo que havia em mim, e tudo que fiz, a flor está guardada e talvez ele nunca a terá, que procure em outro jardim facilmente achará e que seja assim, ele distante de mim para que eu possa voar.
Eu, esta pequena beija-flor, fecho a minha vida e escondo meu amor...
Fim.