A Bela Dama da Poesia

E quando o astro sol na sua plenitude se despediu,

no cair da noite eis que vi bela dama surgindo,

o seu esplendor competia com o das estrelas,

com vestido de cetim negro como a noite;

trazia com ela sementes e um turbilhão de alegria,

ao balançar os cabelos exalava perfume e seu corpo tinha um gracejo de

mulher que deixava no ar enigma, elegância, aparência de anciã

mas, quando a olhei nos olhos parecia tão jovem;

Seu coração às vezes melancólico, seus pensamentos difíceis decifrar,

andando pela noite dama poesia, passos em rimas eu a vi dançar uma mistura de ballet com rock clássico,

para explicar me embaraço a vi dançar samba, ficar bamba

com um cálice brindou a vida e a morte

falou do presente passado, recitou desejos futuros,

eu juro que a vi sentada em um banco e da bolsa de grife

tirou pergaminho com letras douradas, achei um encanto e depois estendeu da bolsa um leque enquanto num charme sem igual desfrutava do abanar, a dama desenrolou o pergaminho num gesto

frenético e eu não resisti ao gesto, corri para ver o que escrito estava no pergaminho que brilhava,

uma mistura de amor e fantasia, textos no pergaminho preenchiam mistérios e segredos, amor e paixão, coisas reais e do submundo e a dama em suspiros profundos

disse-me: - nessa noite de lua entre estrelas e cometas, bailando nas ruas estou a procura das mãos que no pergaminho escreva,

ouça-me, sinta-me, inale o perfume, deixe-me te guiar e te abrirei um novo rumo;

sobre o pergaminho debruce por favor, escreva-me depressa, pois poesia eu sou!