Abismo de amar

Do horizonte há de haver saudade

Da chuva a tempestade

E da saudade a lágrima

O penar sofrido de cada dia.

Quase sempre um sorriso

Quase sempre um lembrar

E quase nunca me esqueço

E me pego a chorar

E quanto maior o sinto

Mais temível me apetece o abismo

Porquanto seria até preferível

Talvez, só talvez não o amar.

Se tal amor me emudece

Desperta aquela dor

Ridiculariza, até me padece.

E chora o meu ser sofredor

A saudade me despedaça

Despetala e me esmaga.

E por não ter você

Até penso

Que não vale a pena viver.

Angela Dias
Enviado por Angela Dias em 03/11/2014
Código do texto: T5022092
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