As cartas...
Naquelas cartas estavam todo um sentimento de pureza... e de sensibilidade,que aquela menina tão bem as escreviam.Eram latentes o seu sentir... sua alma era aberta naquela ocasião à falar de amor,do amor que tanto sentia pelo seu amado...pelo seu príncipe encantado... Vivia a voar nas nuvens,pois achava que seu castelo encantado,jamais cairia,que seu tão amado príncipe iria levá-la para habitar o castelo de seus sonhos,desenhado minuciosamente em sua mente,com lindos e floridos jardins e flores de todas as espécies...rosas...margaridas...
petúnias...jasmins...rodeado de belas árvores frondosas,que lhes dariam abrigo e sombra nos seus dias mais quentes...logo mais abaixo
um sereno lago de límpidas águas ,que lentamente corriam, fazendo um suave murmurinho, qual fosse uma melodia com suas sustenidas notas musicais,em sintonia e sinfonia com o canto dos pássaros que sempre ladearam o seu viver...era tão doce o seu coração...eram tão lindos os seus sonhos... tinha uma ingenuidade não comum em seu tempo,a maldade...a malícia... não faziam parte de sua vida...mas tudo se transformou...seu castelo desmoronou...as cartas que tanto escrevia
ficaram perdidas na memória,não em sua memória,mas na memória de quem as recebeu, pois cada letra que ali ela escrevia...cada sentimento que ali ela expunha...ficaram armazenados em sua alma...ficaram latentes em seu coração...pois os verdadeiros sentimentos...jamais fenecem...e se algum dia se perderam na finitude do tempo...na infinitude da alma...estarão grafados e tatuados por toda eternidade...
...Escuto James Ingram,Just Once...