A Estrada das Borboletas Amarelas
Colorem meu caminho pontos amarelos
Vejo-os movimentando-se
E celeremente batendo contra o vidro do carro
A estrada monta em meus olhos
A imagem de uma pintura impressionista
Chi sà Renoir ou Monet?
Mal sabem as borboletas
Que elas mesmas traçam meu caminho
Ao destino mais improvável
Talvez elas saibam
Que tenho que segui-las
Por isso se agrupam na estrada
As borboletas amarelas sabem
O que eu me atrevi, a saber, um dia
E outro nem sonha em saber
Que a estrada em que sigo
Mostra-me um caminho de coisas inexplicáveis.
E me pergunto:
Seria a ignorância às vezes uma benção?
Que respondam as borboletas amarelas da estrada.