PROSA POÉTICA
SOLIDÃO
SUELY BRAGA
O sol desaparece atrás das montanhas. Seus raios luminosos esmaecem.
As estrelas, pirilampos, cintilam pregadas nas nuvens fugidias.
A noite aparece calada. Escurece.
A lua tímida espia entre os edifícios.
A cidade emudece. O silêncio permanece.
Na penumbra, a brisa penetra na janela aberta. Sacode as cortinas.
Deitada no sofá, esticada, ouço as batidas do coração, envolta em minha solidão.