DÚVIDAS
Imensa, intensa, analítica...
em simples versos, singela, perdida.
Descontente, irremediável e sem fim?
óh dúvida porque não se afasta de mim?
Se me deito ou me levanto você está lá,
procura-me nos sonhos, não consigo te apartar.
Anseio por respostas, mas tudo é nebuloso,
arrefece-me os sentidos, inebria-me de novo.
Há momentos nos quais não vejo razão,
entrementes eu perco a noção.
Alucino, enlouqueço, reverbero,
nesta hora já não sei mais o que quero.
No outro dia a mesma coisa acontece,
óh dúvida, por que não me esquece?
Já virou obsessão, nem eu mesmo sei o motivo,
segurança, retração ou delírio?
Reflito, condiciono e ponho um ponto final,
há razões pra ter fim, não há mal.
Outrossim há também razões pra ficar,
a concretude dos sonhos é saber esperar.