O Silêncio da Noite
No silêncio amedrontador da noite,
Ofegante e cansada pelo sono que não chega
Penso em tudo que possa conciliá-lo,
Não encontro nenhuma resposta ou conforto.
Penso nas noites que ainda virão,
E outras, outras...
Trago junto a mim o travesseiro ,
Que passou a ser uma extensão do meu corpo,
Carrego-o pela casa
Procurando um lugar mais confortável.
Nada, não existe conforto,
Pois quem precisa dele é minha alma solitária,
Não existe argumento:o sono não chega!
O corpo cansado e o pensamento acordado,
Rodopiando e fazendo elucubrações lúgubres
Com o rumor do vento lá fora.
Tento mudar de assunto,mas ele não quer...
Voluntarioso e ditador!
Finalmente o cansaço vence e o deixa falando sozinho.