Deslumbrante

Ao sopro da brisa suave

Os campos se aplainarão

O frescor acalmará o coração

A leveza do cheiro de orvalho

A cada manhã trará esperança

O brilho do sol na relva úmida

Por partículas de lágrimas da noite

Exalando a neblina que paira

Densa, mas aos poucos se dissipa

Desnudando horizontes almejados

Por olhos cansados do pranto

Pelo lamento através da escuridão

Das noites de incertezas

Então os lábios se moverão

Destilando uma nova canção

Na sinfonia matinal silvestre

Pardais, quero-queros e sabiás

Fazem o contra canto que encanta

Tornando o caminho salutar

Elimina a pressa de chegar

À margem da vereda uma flor

No peito, o coração cheio de amor

A Carlos Borges
Enviado por A Carlos Borges em 28/10/2014
Reeditado em 28/10/2014
Código do texto: T5014256
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