Solidão que dói
Não suporto mais esta solidão que dói,
Sem remédio que possa sarar essa dor,
A angústia de se saber só e desamparada,
E ao mesmo tempo presa , enclausurada.
Ando só, vivo só, durmo só, falo só...
Para quem vive é um tormento.
Dor que sonda todo o interior do corpo
E da alma, a liberdade de um pássaro
Com as asas cortadas, soluço sem solução,
Abraços sem braços,caminhada sem caminhos,
Brisa sem vento, calor sem sol,luz sem farol,
Amparo que desampara, proteção utópica...
Mais uma vez, deixem-me só, quero ficar assim:
Sem ninguém para dizer: “quero te proteger!”
Sou livre a minha proteção “está no nome do
Senhor”...será tão difícil entender?
Não quero viver na clausura...
Quero ter liberdade, quero andar pela cidade,
Vivendo e revendo minha vida que já está
Por findar...
Quero sentir o vento que desfaz o meu cabelo
Quando viajo, na estrada a dirigir e meditar.
Não, não quero mais ser controlada,
Preciso sair desamparada...o amparo?
Quando precisar eu peço,por enquanto quero
Ficar só....