Árvores Falsas de Plástico
Eu pego a tua dor,
para que em imensa
lastima nasça
singela
poesia.
Não que tua dor mereça
plateia,
apenas porque tua dor não
mereces solidão.
Tua dor talvez seja minha,
e de quem mais ousar
ler.
Tua, tão minha, tão nossa.
Tua dor me agreda imersão
na nostalgia.
Mas se aquete
na virada da esquina,
no nascer de mais um sol,
na eterna melodia,
a dor deixa de ser rotina.
É que dá preguiça
sofrer para sempre.
Um dia se aprende.