De tempos em Tempos
De tempos em tempos, revejo minha vida
E concluo que esta foi bem vivida,
Revejo a minha infância,passado suave,
Colorido de flores ao som dos cânticos
Dos pássaros na campina sem fim...
No entanto houve o tempo em que nem tudo
Era assim.
Era um tempo pesado,já passado, que me sugava
Como um motor que traz a água para irrigar...
Muitas vezes tentei pegá-lo com as mãos
E fazê-lo parar na melhor parte da vida.
Que nada! Ele não obedece...
Fui assim aceitando-o mansamente, obediente,
E conclui: assim é melhor, não travo um embate.
Deixo-o correr livremente sem receio
Ou medo do futuro.
Descobri que o amanhã existe,
Que nada pode transformar nossa vida,
Que tudo que somos e temos é dependente
Do tempo, que passa, não tem remédio,
Ele é implacável,porém, compreensivo
E sábio pois nos ensina a forma de melhor viver.