AS DORES DO AMOR

E, na noite negra, arrepiadas, as plantas tinham na

fronde, umas roucas gargantas gritando, sob o luar clarinho, de

chofre: "Sofre, Maria Pitanga, é tua sina, sofre… Fechar ao mal de

amor nossa alma adormecida é dormir sem sonhar "!

Notou, na imensa dor de quem se desilude que, desse olhar que

amou, fugitivo e sereno, só lhe restara nos labios, um travo de

veneno, uma chaga no peito e lágrimas nos olhos!