Corações
Deixa-me dizer de tudo
Que vai aqui no peito ferido
Sem sangrar.
Porém, com uma dor incontida,
Sem alívio já prestes a se entregar.
Algo que não vale para todos
Só para os sensíveis que sabem
Reagir ao simples toque de uma pluma,
Ou do vento suave a acariciar.
Não, os corações,não são iguais!
Existem os endurecidos pela vida,
Querendo aprender a arte do amor,
Falta-lhes o estímulo.
Aqueles que são de “manteiga,”
Que se derretem com doçura,
Que se entregam sem exigir,só pelo prazer
Outros ainda loucos para serem encontrados
Por alguém que queira “domá-los”
Os de pedra,ah,esses são impossíveis
De penetrar!
Trazem em si a amargura do desamor
A tristeza das noites escuras
Faltam-lhes a luz cativante do amanhecer
Amoroso e delicado com, sons e cores,
E a alegria dos amores que transformam
A dureza em coração leve e compreensivo
Desejoso de amar.