MADRUGADA.

bom dia madrugada! noites insones , nomes dolores, pensamentos obscenos.

pessoas que calam, outra que falam, as que pensam , e as que não refletem, despejam.

vem as magoas e os ferimentos, no coração em desalento, na dor de uma vida caída , perdida e amassada.

uma vida vivida na espera, sem saber colocar os passos a caminharem.

uma vida sem crença, sem advertência para castigar, os aborígenas, os malfeitores das dores alheias, e as escolhas que marcam e tangem.

ausentes de nossas emoções, só minhas e suas, sem poderem maltratar, mas sem estarem a perceber, o avilte jogado a cada instante em alma petrificada e peito esmoelado, quase cruxificado.

chora a dor em pranto de manto azul, colore em verde a mascara da mentira tétrica.

amareleia a verdade certa.

escamoteia o passado infernal, onde juntos sempre, se agrediam em desarmonia total, ou quase.

negritude em dia de sol.

atiram me aos lobos em pele de cordeiros.