Entrego-me

Entrego-me aos sonhos mortos,

Falidos, não reconhecidos.

Respiro a fragrância da esperança

Assassinada pelo poder,

Rendo-me à inoperância de nossas armas

Sem fogo.

Antevejo um futuro movido a interesses,

Não consigo vislumbrar

“A liberdade no horizonte do Brasil”.

A herança sonhada pelos nossos antepassados

Foi furtada.

A nós,”povo,povinho,povão”não nos resta nem o chão.

Fomos jogados no cantinho do quarto de despejo,

Sucateada está a educação, traídos que fomos,

Pelas nossas próprias mãos.

Nos deixamos manipular desde sempre,

Uma voz audaz,corajosa levanta-se,alguém grita:

”cala a boca,infeliz você não sabe o que diz”.

E assim o país cresce em “sabedoria e esperteza,

Em devassidão e pobreza”.

sonia nuss
Enviado por sonia nuss em 07/10/2014
Código do texto: T4990641
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