Entrego-me
Entrego-me aos sonhos mortos,
Falidos, não reconhecidos.
Respiro a fragrância da esperança
Assassinada pelo poder,
Rendo-me à inoperância de nossas armas
Sem fogo.
Antevejo um futuro movido a interesses,
Não consigo vislumbrar
“A liberdade no horizonte do Brasil”.
A herança sonhada pelos nossos antepassados
Foi furtada.
A nós,”povo,povinho,povão”não nos resta nem o chão.
Fomos jogados no cantinho do quarto de despejo,
Sucateada está a educação, traídos que fomos,
Pelas nossas próprias mãos.
Nos deixamos manipular desde sempre,
Uma voz audaz,corajosa levanta-se,alguém grita:
”cala a boca,infeliz você não sabe o que diz”.
E assim o país cresce em “sabedoria e esperteza,
Em devassidão e pobreza”.