Na beira do rio

Na beira do rio à tardinha

As garças se alojam

Nas árvores, quase sem folhas,

Parecem capuchos de algodão

Pendurados em seus galhos, curvados

Curvados pelo peso...

A algazarra é grande, ao entardecer.

O rio passa aos seus pés,nu,leito quase seco,

Feio, sujo é assim o rio da minha terra.

Antes cheio e abundante de vida.

As aves pernaltas, elegantes,

Enfeitam suas margens,

Dando-lhes sinal de vida.

E por ali se agasalham aos pares

Em um encontro frenético e amoroso,

Afinal, estas são seu leito de amor!

Pela manhã saem do seu conforto

Partindo aos bandos ,branquinhas,

Enfeitando o céu,indo em busca de sobrevivência.

E o rio continua lá, solitário, pedindo socorro!

sonia nuss
Enviado por sonia nuss em 06/10/2014
Código do texto: T4988865
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