Na beira do rio
Na beira do rio à tardinha
As garças se alojam
Nas árvores, quase sem folhas,
Parecem capuchos de algodão
Pendurados em seus galhos, curvados
Curvados pelo peso...
A algazarra é grande, ao entardecer.
O rio passa aos seus pés,nu,leito quase seco,
Feio, sujo é assim o rio da minha terra.
Antes cheio e abundante de vida.
As aves pernaltas, elegantes,
Enfeitam suas margens,
Dando-lhes sinal de vida.
E por ali se agasalham aos pares
Em um encontro frenético e amoroso,
Afinal, estas são seu leito de amor!
Pela manhã saem do seu conforto
Partindo aos bandos ,branquinhas,
Enfeitando o céu,indo em busca de sobrevivência.
E o rio continua lá, solitário, pedindo socorro!