PEDRA-POMES ( porosidade humana ) de: Osmarosman Aedo
Horas que, cabisbaixo,
Ensaio alguma oração que não traqueje tanto outros deuses
Mas, que alentem essas pessoas de mim que habitam na terra
E que tanto choram por tantos sofrer;
Horas que, com os olhos erguidos aos céus
( não que pensem regozijando forças sobrenaturais ),
Tento encontrar as brechas por onde a luz escapou
Para que ilumine os caminhos descalços
Dessas pessoas humilhadas que habitam nesta terra
Que já não tem aonde se esconder;
Horas que ponderando meus conceitos e questionamentos,
Procuro razões em pessoas que acham-se dirigindo vidas
Mas que, após contato com o que ouço das certezas,
Dói perceber que pessoas de mim não respeitam outras pessoas
Que habitam em mim, nesta generosa terra que chamo de planeta;
Horas que busco nos olhares das aves e no voo das máquinas
Acreditar em dias de amanhã, mas a fome é tanta
E tanto é o sofrimento, que vejo os que habitam nesta terra
Perderem a Graça e desesperançar seus entender
Por tantas perdas entre fome e guerras quais sem motivos,
Matam pessoas de mim que nesta terra brotaram para brilhar...
Sem forças, de joelhos dobrados em súplica
E com o pensamento voltado a oração silenciosa de minha verdade,
Clamo aos que aqui ainda jazem pessoas do bem
Que ignorem a ganância
E protejam aqueles que frágeis habitam aqui em mim.
... Somente os cegos de alma,
não enxergam a beleza deste e que há, neste planeta...