SILOGISMO de: Osmarosman Aedo
Fardos que se multiplicam
Em costas açoitadas por tantas lutas
Tantos sacrifícios e muitos desgostos.
Manchas que seguem frias ruas
E se camuflam em muros pré-erguido
Que sugam energias de corpos sem alma;
Sintéticos seres de multimodo resvestidas em acrilato;
Sentenças que se acumulam
Em armários de aço, cadastros reclusos
Simulados em mesas de vidro
Que refletem obras do nada
E que sugerem cartões de ponto sem hora
Mas, com um suposto salário por ausência.
Reféns de usinas de açúcares de urânio
Com RG de pessoas não muito distantes
Que nunca mentem por mentirem demais,
Trafegam vias, descalços, em velocidade de esgueiramento
Nocivos aos postos táticos que se movimentam
Sob luas de vampiros, dentro e fora
Dos manicômios que te sujeitam RECICLÁVEIS.
Cegos que enxergam, distantes
E que compreendem olhares quais, mutilados,
Ainda oferecem imagens de oásis à beira de desertos
Que mais parecem Metrópoles em zona-mortis
Com frente voltada aos soterrados por temores dos tremores,
Sacodem paredes de opiniões
Revelam ao fim do mundo que em seu princípio
O verbo estava no passado
E que gora, presente, a oração tem sujeito e é também substantivo.
Os bate-estacas que penetram na terra
Que ora chora e outra geme de dor,
Já administra bem os fardos que mancham sentenças
Cujos reféns cegos por conseguinte,
Rebelam-se inocentes diante de tanto por fazer
Sem que nada façam para impedir
A nova ordem universal: O PERDÃO.