O sonho iluminado
O sonho iluminado
Autor: Nymbus 25/09/2014
Um dia eu sonhei, sonhei que o mundo que conheço havia mudado e mais nada era do meu agrado. O mundo mudou tanto em seu aspecto material quanto as pessoas e seu aspecto espiritual. Não me sentia mais pertencente deste lugar, foi quando descobri que podia voar. Não estava mais preso porque me desapeguei, então voei, voei tão alto que vi as nuvens passar, tão alto que me esqueci de voltar.
Vi outras pessoas voando em direção às estrelas e resolvi acompanhá-las; para conhecê-las. Enquanto apreciava coisas que meus olhos jamais haviam visto com a mesma clareza, esqueci-me da minha tristeza.
Ninguém se perguntava como podíamos voar sem asas, tudo que percebi foram almas entusiasmadas. Estavam felizes por compartilharem da mesma magia do momento, sentir no rosto o suave sopro do vento.
O mundo que conhecemos desapareceu, mas ninguém perguntou para onde foi ou que aconteceu, pois um novo mundo podia ao longe ser avistado e estrelas cintilantes insistiam em enfeitá-lo. O cosmo era como um tecido cravejado de diamantes reluzentes, que me inspirava e me clareava a mente. Com olhos mais perspicazes que das águia, as luzes pudemos apreciar, e com muito entusiasmo, vimos o novo mundo rapidamente se aproximar.
Ao chegarmos, todos suspiraram de emoção, sentimento aquele que não tinha explicação. Pairávamos na atmosfera daquele lugar, onde a energia fluía sem parar, foi então que me senti atraído por um som que vinha de lá, por isso sem medo resolvi me aproximar e as pessoas separadas em grupo resolveram tudo por ali explorar.
Seguindo o som adentrei naquele mundo para mais de perto escutar, mas quando toquei sua superfície fui tomado por um sentimento bom que não sabia explicar, senti uma energia cativante que me fez querer ficar.
Meus pensamentos se perderam naquele som, me perguntava por que era tão bom, pois meus ouvidos jamais ouvira algo que se parecera com tal tom. Notei que vinha das árvores de troncos e galhos iluminados, que acendiam fortemente a cada tom tocado. Brilhavam lindamente, e eu sem perceber divaguei repentinamente.
Meus pés curiosos caminharam sem a minha permissão, foi quando sem perceber eu pisei em um pequeno caminho macio como algodão, então olhei para o chão e notei pela ondulação que era água e não minha imaginação. Não molhei meus pés, não afundei, e por este caminho caminhei; entre as árvores passei e a divagar novamente comecei. Meus passos ondulava a água emitindo som, e a cada tom sentia uma vibração adentrar meu coração.
Avistei uma porta branca, linda e imaculada, tudo nela me agradava. Era convidativa, era iluminada, era uma porta especial, que sem dizer uma palavra me chamava. Outras portas se abriram, e ouvi pessoas dizer: até mais! senti que já não podia ficar mais. Olhei para o céu por onde voei, era o cosmo pelo qual sempre me encantei.
Despedi-me com um olhar sincero, com vontade de ficar, mas algo através da porta me atraiu e me fez entrar. Era um quarto cheio luz, brilhava, tudo nele me acalmava. Alguém dormia um sono profundo em uma cama, sonhava, perguntei-me porque ali estava. Me aproximei e me espantei, quem dormia na cama era eu mesmo e não acreditei. Estendi a mão para me tocar, mas quando me toquei eu me apaguei. Acordei alguns segundos depois, estava desanimado, pois o sonho havia acabado. De repente, vi do meu lado uma porta se fechar, meu quarto ficou escuro e eu me pus a pensar.
Não sei se foi sonho, não sei se foi real, tudo que quero é voltar para o cosmo e abraçar o surreal.