Perdoa-nos, mãe Terra
Perdoa-nos, mãe Terra, que tão generosamente nos tem dado. A senhora, como mãe amorosa, deu-nos um solo fértil, para que nele plantássemos, vivêssemos em paz e dele cuidássemos. Mas nós, em vez de agradecer o tanto que tem nos dado, resolvemos maltratá-la, poluindo a pura água, que nos mata a sede, matando os animais, desmatando suas florestas.
Tu tens resistido, querida mãe Terra, tentando aguentar todas as muitas e contínuas agressões que lhe tem sido infligidas, enquanto nós persistimos em dilapidar o inestimável patrimônio posto à nossa disposição, matando até mesmo os pobres animais, que são nossos irmãos.
E como consequência, minha generosa mãe, o ar foi ficando irrespirável; a água, intragável; a terra, incultivável. Mas nossa sede de dinheiro e nossa insensibilidade sempre falaram mais alto. Como tu, paciente mãe Terra, poderia tanto suportar desses filhos ingratos, sem ao menos reclamar? E vieram as enchentes, que são as suas lágrimas. Apareceram os terremotos, tsunamis, secas e furacões, fazendo-nos ver quanto a magoamos, fomos tolos e insensatos, por querer a Natureza dominar em vez de com ela conviver.
Minha querida mãe Terra, por favor, perdoa-nos, por nossa cegueira, brutalidade e estupidez!