A vida é uma brisa
A vida é uma constante metáfora, e entendê-la exige sabedoria, resiliência e persistência. Sabedoria para aprendermos sempre olhando a vida no cursor contrário do tempo: de trás para frente; resiliência para nos desapegarmos das raízes das certezas e das razões pré-estabelecidas e, por fim, persistência para limparmos as manchas causadas pelos camuflados preconceitos, oxigenando assim nosso coração e nossa mente.
Portanto, a vida é um vento, e todo vento passa por algum lugar, vem de certa origem desconhecida e vai para um destino incerto, e nessa passagem, o sentimos de forma muito efêmera, rápida e veloz.
Do mesmo jeito é o nosso caminho, não sabemos aonde realmente vamos, por onde passaremos e onde ficaremos. Podemos até planejar nosso trilho, porém, o local, o destino, a direção e as pisadas, tudo isso é incerto.
E nessas incertezas, a vida voa como a brisa mais rápida do que percebemos, passa tão depressa que quando nos damos conta só nos restam lembranças. Sim, essas lembranças, uma verdadeira faca com dois gumes, porque elas podem fazer o ser humano ser melhor do que já é ou torná-lo pior do que se pode imaginar.
A vida é uma brisa que não devemos barrar seu percurso natural, precisamos deixar que passe suavemente, sem interrupções, já que sua essência vem do coração e é guiada pela mente. Assim, o que importa não é a quantidade de vento sentido no rosto, nem o movimento da brisa ao seu redor, e sim sua intensidade nas sensações feitas. Na vida é o mesmo, não importa a quantidade de dias vividos, porém, o que importa é significado desses momentos em nossas histórias.