Canoridade natural
Ao som da natureza, impregnado de beleza, o ermitão se posta com singela realeza. Sabe ser o nada na eternidade deste dia. Um ser que com certeza irradia verdadeira fantasia a qual lhe traduz igual sabedoria. Ao final do belo dia eterniza mais amor ao seu coração despojado de singular valor. O fator a lhe trazer prazer é apenas o de ser! - Afinal, quem deve ser alguém; sem nada ter, além de ser apenas humano de viver astral? Astral que não tem valor ao homem-animal. Ouvindo belo som que o ambiente jamais sente, trazendo para si a irradiação de nobre energia transparente. Despojado de antiga hipocrisia, sorri da antiga orgia. Assim medita o velho guru ao se fazer de nada-indigente ao traçar mais uma vez esta velha caminhada até que alcance o nirvana da alegria após cruzar por muitas encruzilhadas.