Vertente de um desesperado

Hoje meu peito dói, rompe-se sobre a barreira da saudade

juntando-lhe ao meu constante passado, porém, presente ao amar-lhe.

Destroços de palavras entram em junção aos meus pensamentos,

unindo-se ao momento em que tudo torna-se poesia,

austera, sangrenta, implícita,

ou simplesmente pura,

ao qual constam regalias

de um peito forjado em frases descritas,

por suas delicadas mãos embranquecidas.

Saudade,

pleonasmo de um coração costurado,

distinta e evasiva quanto os meus olhos sobre o constante ensejo de encontrar-lhe,

vertente de um desesperado.

Sávio Soares
Enviado por Sávio Soares em 19/09/2014
Código do texto: T4968047
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