O que temos de novo para o horário eleitoral?

Na expressividade de termos desconhecidos do “zé povinho”, os candidatos falam como se quisessem que os formadores de opinião carregassem o seu discurso já tão batido de tudo aquilo que as promessas dizem. Mas nem estes, que transportam o interesse do homem público para as bases, o fazem se não tiverem satisfeitos os seus próprios anseios.

Nada muito condenável, já que pretendemos mesmo ser representados. Contudo, diverge muito, o que queremos, do que defendem esses, que se fazem ponte entre os candidatos e nós. Quase sempre almejam algum cargo novo ou a manutenção de um benefício que já têm.

Pobre povo, este, que recebe a releitura de promessas trazidas por esses a quem se prometeu ou concedeu um favor qualquer. Cabe ao menor, o convencimento de votar no novo salvador, como não houvesse passado negador da boa fé que se estampa nos chamados santinhos do papel e da TV. Há pouca novidade na nova persuasão.

Enfim, um emaranhado de interesses escusos descortinam as cenas em que nos conduzem a esperar mais tantos e tantos anos. Seremos sempre o mercado consumidor desse lixo que nos entregam em novas caixas de esperança. E é mesmo duro admitir que o fim da democracia esteja marcado para o dia em que ela funcione a nosso favor.