Giramundo!
Um giramundo como eu, que sequer gira com o mundo, que sequer canta a música (que seque a garganta). Que não sabe a letra! Que teme perder o Gira-sol. Que sofre ter perdido 11 de setembro pro terrorismo, ter perdido 8 de julho pra Alemanha, ter perdido para a morte, a vida dos queridos... Um giramundo gira-mudo, sem juramento. Que não quer ser o próprio giro... Nem girar o mundo próprio. Um giramundo assim...
Nem as idéias lhe visitam, nem a cerne lhe compenetra, nem os poetas lhe incorporam. Nem comentários lhe surpreendem. Nem Dalva lhe lê mais, nem lhe comenta. Nem Jacobinos ou Girondinos. Nem a valência ou o vale-mais... Nem tudo isso junto lhe retornará o giro-certo. Sequer o centro do giro.
Nesses tempos de Telós Girando o mundo, tê-los juntos em giro... Não lhe seria por demais tão ruim... Girando.