TEU NOME
Na tarde erma e cinzenta, no estalar da chuva que se aproxima, em noites úmidas e quentes, no calor intenso e no mormaço... no abuso alcoólico quando entre palavras desarticuladas teu nome é proferido com sonoridade e clareza... no ar poluído da cidade pela fumaça, nas espirais do fumo ele é baforado alto, bem no alto, bem acima das estrelas, indo falar com Zeus... em versos tristes e açucarados, injuriado, traído, sacaneado, folgado, nas farras, nas festas, ou completamente só na insalubridade do meu quarto... teu nome imprime uma marca já gravada "a ferro e fogo" em mim. Difícil será te esquecer, talvez impossível, talvez cansado de decepções, em busca de um novo amor, a lembrança minorada e o nome desgastado, o homem encontre forças para reagir, o menino não! Então, em meus dias amargos, com a sensação forte do tempo que passou, cantarei:
Restou-me de tudo apenas a lembrança
E as consequências de um passado morto
- Sensação que se agrava na saudade
De partir e nunca chegar a um porto.
No meio do oceano espero a noite
Nebulosa que se aproxima. Tarde
É inda mais uma palavra triste
Porque é bem dentro de mim qu`ela arde!