Liber

Liberdade de quem?

Há luzes na cidade, o coletivo

corta vorazmente a ponte sob a lua.

O cansaço salta aos olhos,

estamos sentados e em pé

diante de nossos donos-patrões.

O que importa?

Nada mais, o leite, o pão,

o arroz, a passagem não

tem sentido algum.

Sem vida, seguimos

a orda diária do medo.

A incalculável fila do terminal rodoviário.

A fila dos produtos passados pela máquina.

O homem máquina, a vida maquina...

Andressa Takao
Enviado por Andressa Takao em 10/09/2014
Código do texto: T4956127
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