Liber
Liberdade de quem?
Há luzes na cidade, o coletivo
corta vorazmente a ponte sob a lua.
O cansaço salta aos olhos,
estamos sentados e em pé
diante de nossos donos-patrões.
O que importa?
Nada mais, o leite, o pão,
o arroz, a passagem não
tem sentido algum.
Sem vida, seguimos
a orda diária do medo.
A incalculável fila do terminal rodoviário.
A fila dos produtos passados pela máquina.
O homem máquina, a vida maquina...