DIGITAL
 
A poesia pousa na flor e se ressente em toda cor, diante da própria imagem. Tem voz própria e, depois, sobre a folha em branco coloca a sua digital. Mais tarde se esgueira pelas redondezas e brincalhona ou sentida sai inventando histórias de um outro pôr-do-sol vermelho e também da lua cheia. E com um jeito meio esnobe enfurna em minhas lembranças as saudades refugiadas na cumeeira da casa ...

Quantos dos momentos nestes dias preguiçosos não ficaram perdidos pelo espaço? Presos em alguma estrofe? E quantas luas não perdi nesse resguardo até um novo parto, até uma nova fase cheia?

Hoje a vi de manhã, essa lua, se exibindo pela metade. E a poesia bailou na minha frente tentando ofuscá-la....