O VENTO E AS RECORDAÇÕES.
O vento abriu a porta da frente.
O frio envadiu meu quarto.
Era um novo amanhecer.
O sol ainda dormia.
Mas o galo soltava seu grito rouco e grave nessa manhã.
Tudo e todos tinham seus encantos.
A vaca que mugia
E o vento leste que batia no telhado da casa grande.
Já não existia fantásmas.
O mêdo era o da solidão.
O sótão foi desfeito
Parecia sinistro.
O lampião, a cabaça, o velho landuá todos eles estavam esqueçidos.
Tudo era vida, história e relicário guardado no baú da memória.
Lembranças.
Momentos.
Não como esquecer e deixar de falar em minhas doces recordações.
Foi-se o tempo.
Hoje ainda resta um vazio saudoso.
Minhas raízes.
Minha vida.