O VENTO E AS RECORDAÇÕES.

O vento abriu a porta da frente.

O frio envadiu meu quarto.

Era um novo amanhecer.

O sol ainda dormia.

Mas o galo soltava seu grito rouco e grave nessa manhã.

Tudo e todos tinham seus encantos.

A vaca que mugia

E o vento leste que batia no telhado da casa grande.

Já não existia fantásmas.

O mêdo era o da solidão.

O sótão foi desfeito

Parecia sinistro.

O lampião, a cabaça, o velho landuá todos eles estavam esqueçidos.

Tudo era vida, história e relicário guardado no baú da memória.

Lembranças.

Momentos.

Não como esquecer e deixar de falar em minhas doces recordações.

Foi-se o tempo.

Hoje ainda resta um vazio saudoso.

Minhas raízes.

Minha vida.

Patricia de Carvalho
Enviado por Patricia de Carvalho em 08/09/2014
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