A Largada foi dada em 2006, quando a Escola D’Amore oportunizou, entre outras, a Oficina de Xadrez, com uma professora nada especializada no assunto, mas “cheia de grilos educativos na cabeça” e muitos alunos com fogo no...”dedão do pé”.
Lá pela tantas, entre meninos e meninas, com olhos esbugalhados de curiosidade, um desses, fascinou-se quando a professora delineou os primeiros movimentos das peças de xadrez. Não antes, é claro, de transportá-los imaginariamente, para o mundo dos castelos, agora “des”encantados pelos dedos mágicos de crianças e jovens, movimentando rainhas que muito podem, reis limitados, cavalos com seus saltos exuberantes, que definem uma batalha num piscar de olhos. Sem contar, antes de mais nada, sobre a jogada do “roque”..., que roc... roc... roc..., pequeno talvez, que possibilita embrenhar-se nos calabouços e ressurgir do outro lado, com fôlego e muita habilidade para sobreviver, não só no xadrez, mas na vida com todos os seus percalços, principalmente, para aqueles que vivem driblando a miséria, criando estratégias alucinantes para não se deixarem vencer pela pressão do jogo da realidade que, como no xadrez, muitas vezes, permanecem em silêncio, ouvindo o tilintar de espadas, anunciando o cheque-mate da vida, que teimosamente germina.
Voltando a falar daquele menininho com um brilho a mais nos olhos, que ao final de cada Oficina de Xadrez, insistia em jogar com a professora, e ela por sua vez, buscava na família orientações e novas estratégias para continuar no jogo do “aprende-ensina-aprende”, desafiando o persistente discípulo.
Certa vez, percebendo a sede do garoto em ganhar uma partida, a professora entregou-o um texto com “Noções Básicas de Xadrez”. Aí sim, ele começou a armar jogadas mirabolantes como aquela da “Muralha” que a professora “tremeu nas bases”, e apesar de julgá-la intransponível, no sufoco, teve a minúscula ideia de repetir as jogadas dele, atitude nada louvável, mas que funcionou, para instigá-lo por mais algum tempo.
Como a professora estava aprendendo junto com o aluno, nunca deu “moleza” nas jogadas, “peleava” de igual para igual e isso o surpreendia e o provocava a jogar com ela em cada final de oficina, depois de ensinar suas estratégias de jogo aos colegas, o que o levava a se aprimorar cada vez mais em suas lições de xadrez.
A bandeirada xadrez para William Quevedo Naissinger sobre a professora Emília, essa que vos escreve e continua com grilos falantes e minhocas fertilizando sua cabeça, estavam com os dias contados!!!
O brilho nos olhos e o sorriso indescritível do menino sério, no dia em que me venceu no jogo de xadrez, jamais se apagará da minha memória, pois ninguém mais do que eu, aprendeu tanto com a perseverança e a vivacidade daquele que falava pouco, mas dizia tudo em poucos movimentos no xadrez e na sala de aula.
Na verdade, a maior vitória mesmo, naquele dia, foi perceber que acabara de nascer, um grande enxadrista, não pelo que já sabia; o que muito me encantava, mas pelo talento, determinação e atitude diante dos desafios.
Então, nasce na Escola Estadual de Ensino Fundamental Dr. Alfredo D’Amore, um dos mais brilhantes enxadristas de Carazinho.
William saiu da humilde aldeia dos peões, que mesmo iniciando com diminutos movimentos, adentrou, não só no “glamour” dos reinados das grandes competições da região, mas chegou ao outro lado do tabuleiro do D’Amore, onde glorioso, foi muito além do horizonte de Carazinho, para chegar a Córdoba, Argentina, em quarto lugar entre os brasileiros de sua categoria , no Panamericano.
A partir daí, começou a colecionar vitórias, entre outras, 1º lugar no X Torneio Internacional de Xadrez, na Festa da Uva em Caxias do Sul, na sub-14 em 2008; Campeão Regional nos JERGS, em âmbito estadual ficou em 2º Lugar, em 2007; Campeão no Tornei Regional do Planalto “A”, Sub-14 - 2007; Campeão no Circuito Gaúcho de Menores, etapa Carazinhense - Sub 14, em abril de 2008 e a gora, no último dia 20 de julho de 2008.
Um dos triunfos mais significativos para William foi quando venceu seu renomado professor do Clube Carazinhense de Xadrez, tornando-se respeitado nesse meio, por ser um exímio enxadrista, para orgulho de sua família e de toda a família D’Amore, que acreditam ser compromisso da educação oportunizar a aprendizagem através do lúdico, da multiplicidade pedagógica dos jogos e da arte, para a construção social do conhecimento e exercício prazeroso da autoria e cidadania.
Não poderia ser diferente!!! William monitorou a Oficina de Xadrez na Escola D’Amore, até o final daquele ano. Respaldado por sua curta, mas promissora trajetória no xadrez em Carazinho, hoje, ele trabalha na Secretaria Municipal de Educação de Chapecó, ministrando oficinas de Xadrez nas Escola daquele município e representa a cidade em competições em todos os âmbitos.
Lá pela tantas, entre meninos e meninas, com olhos esbugalhados de curiosidade, um desses, fascinou-se quando a professora delineou os primeiros movimentos das peças de xadrez. Não antes, é claro, de transportá-los imaginariamente, para o mundo dos castelos, agora “des”encantados pelos dedos mágicos de crianças e jovens, movimentando rainhas que muito podem, reis limitados, cavalos com seus saltos exuberantes, que definem uma batalha num piscar de olhos. Sem contar, antes de mais nada, sobre a jogada do “roque”..., que roc... roc... roc..., pequeno talvez, que possibilita embrenhar-se nos calabouços e ressurgir do outro lado, com fôlego e muita habilidade para sobreviver, não só no xadrez, mas na vida com todos os seus percalços, principalmente, para aqueles que vivem driblando a miséria, criando estratégias alucinantes para não se deixarem vencer pela pressão do jogo da realidade que, como no xadrez, muitas vezes, permanecem em silêncio, ouvindo o tilintar de espadas, anunciando o cheque-mate da vida, que teimosamente germina.
Voltando a falar daquele menininho com um brilho a mais nos olhos, que ao final de cada Oficina de Xadrez, insistia em jogar com a professora, e ela por sua vez, buscava na família orientações e novas estratégias para continuar no jogo do “aprende-ensina-aprende”, desafiando o persistente discípulo.
Certa vez, percebendo a sede do garoto em ganhar uma partida, a professora entregou-o um texto com “Noções Básicas de Xadrez”. Aí sim, ele começou a armar jogadas mirabolantes como aquela da “Muralha” que a professora “tremeu nas bases”, e apesar de julgá-la intransponível, no sufoco, teve a minúscula ideia de repetir as jogadas dele, atitude nada louvável, mas que funcionou, para instigá-lo por mais algum tempo.
Como a professora estava aprendendo junto com o aluno, nunca deu “moleza” nas jogadas, “peleava” de igual para igual e isso o surpreendia e o provocava a jogar com ela em cada final de oficina, depois de ensinar suas estratégias de jogo aos colegas, o que o levava a se aprimorar cada vez mais em suas lições de xadrez.
A bandeirada xadrez para William Quevedo Naissinger sobre a professora Emília, essa que vos escreve e continua com grilos falantes e minhocas fertilizando sua cabeça, estavam com os dias contados!!!
O brilho nos olhos e o sorriso indescritível do menino sério, no dia em que me venceu no jogo de xadrez, jamais se apagará da minha memória, pois ninguém mais do que eu, aprendeu tanto com a perseverança e a vivacidade daquele que falava pouco, mas dizia tudo em poucos movimentos no xadrez e na sala de aula.
Na verdade, a maior vitória mesmo, naquele dia, foi perceber que acabara de nascer, um grande enxadrista, não pelo que já sabia; o que muito me encantava, mas pelo talento, determinação e atitude diante dos desafios.
Então, nasce na Escola Estadual de Ensino Fundamental Dr. Alfredo D’Amore, um dos mais brilhantes enxadristas de Carazinho.
William saiu da humilde aldeia dos peões, que mesmo iniciando com diminutos movimentos, adentrou, não só no “glamour” dos reinados das grandes competições da região, mas chegou ao outro lado do tabuleiro do D’Amore, onde glorioso, foi muito além do horizonte de Carazinho, para chegar a Córdoba, Argentina, em quarto lugar entre os brasileiros de sua categoria , no Panamericano.
A partir daí, começou a colecionar vitórias, entre outras, 1º lugar no X Torneio Internacional de Xadrez, na Festa da Uva em Caxias do Sul, na sub-14 em 2008; Campeão Regional nos JERGS, em âmbito estadual ficou em 2º Lugar, em 2007; Campeão no Tornei Regional do Planalto “A”, Sub-14 - 2007; Campeão no Circuito Gaúcho de Menores, etapa Carazinhense - Sub 14, em abril de 2008 e a gora, no último dia 20 de julho de 2008.
Um dos triunfos mais significativos para William foi quando venceu seu renomado professor do Clube Carazinhense de Xadrez, tornando-se respeitado nesse meio, por ser um exímio enxadrista, para orgulho de sua família e de toda a família D’Amore, que acreditam ser compromisso da educação oportunizar a aprendizagem através do lúdico, da multiplicidade pedagógica dos jogos e da arte, para a construção social do conhecimento e exercício prazeroso da autoria e cidadania.
Não poderia ser diferente!!! William monitorou a Oficina de Xadrez na Escola D’Amore, até o final daquele ano. Respaldado por sua curta, mas promissora trajetória no xadrez em Carazinho, hoje, ele trabalha na Secretaria Municipal de Educação de Chapecó, ministrando oficinas de Xadrez nas Escola daquele município e representa a cidade em competições em todos os âmbitos.
Emília Inês Pinheiro Bervian
Graduada em Letra-Lic. Plena
Pós-graduada em Interdisciplinaridade
Texto editado em 31 de julho de 2008,
no “Diário da Manhã” de Carazinho-RS