MAIS UM ANO AO POETA

Um dia nasceu o poeta.

É tempo de marcar aquele começo.

Era o começo de uma vida incomum. Capaz de enxergar todos os sentidos, com olhos para dentro de si e dos outros, para seu próprio mundo e para o mundo lá fora.

Trazia uma mente doce e inquieta que se fazia em pensamentos que fluíam em voos desconhecidos. Suas palavras mantinham calmas as tempestades que invadiam seu caminho.

No coração brota uma fonte imensa de grandeza, paz e sinceridade, que deixa nua e livre a alma humana e imperfeita, para todos aqueles que quiserem enxergar.

Ele caminha observando a vida do lado de fora, deixando para trás os cacos que não se encaixam. Recolhe e guarda apenas o que é mais valioso para levar consigo.

Nesta trilha deixa para quem o encontra a boa lembrança da sua passagem e alimenta a esperança daqueles já desacreditados no bem e no amor.

A sede de encontrar sementes para florescer seus pensamentos quebra o limite do tempo e da distância.

Ele vai onde quer e fica o tempo que precisar.

Ele busca olhares, sorrisos e sonhos para enfeitar suas poesias. Quer levar outros sonhos para qualquer lugar, quer dar a alguém aquilo que ele guarda em seu peito como um tesouro.

Distribui em curtas frases ou em longos textos um pouco da infinitude dos seus sentimentos e naquelas linhas cada letra traz o peso de tudo que cabe em uma vida, com a leveza de tudo que cabe em um coração.

O poeta vive cada ano com a intensidade de cada mil.

Então que venha mais um ano ao poeta, para que ele viva outros mil e presenteie a todos com um mundo rico como seu coração, grande como seus sonhos, mas suave e bonito como suas palavras.

(Texto dedicado ao meu querido amigo Marcelo Normando)

Dan Alterego
Enviado por Dan Alterego em 06/09/2014
Código do texto: T4952144
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