Atina a Rotina

De que jeito deito

Sem o tremular das bandeiras?

Tem o lampejo vazio; insípido

Qual contorno assumo?

Eu sumo!

Perde sabor café rançoso

Bebe o labor regado a parati;

O inverno me acalma

Na púrpura luva da inquisição: desejos e luto

Hora passo, hora mudo

Que haverei de ser eu

Absorto no campo, triscado à enxada?

No pêlo do corpo, no cio da navalha

A ceifar lustrosa imagem dum dia em pousio

‘Ad libitum’ e com frio;

O pavor das coisas quedes traz-me secura

Carece sentenciar o mortal repetir dos fatos.

Cesar Poletto
Enviado por Cesar Poletto em 21/05/2007
Reeditado em 14/12/2007
Código do texto: T494983
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