" O DEMASIA DOS CAROÇOS "
Espera!
Às vezes volta o tempo das cerejas,
tempo que voa no dorso da brisa
que a pele beija.
Sabes?
Por vezes fica nos lábio o rubor do sangue
" como se mordêssemos o amor."
Serão as cerejas de sabor atemporal da felicidade.
Quando anoitece, os amantes virão
para o sabor das cerejas pousadas
em suas bocas como beijos.
No tempo das cerejas não há nem dor,
só o demasia dos caroços.
As cerejas os lábios pintam de veludo rubro,
"como se tivéssemos mordido o amor."