NA ESCURIDÃO.

Está negra a noite.

Criaturas sobrenaturais a vagarem.

Tempos de jaboticaba

Mêdos do moleque sací..

Pensamentos bizarros, gargalhadas amedrontadas.

Fantásmas na escuridão.

Derrepente a lamparina se apaga.

O candieiro furou.

Gritos presos

Almas vazias.

O cavalo galopeia alta horas na escuridão.

Os cachorros latem, e correm do lobesomem..

a cascavéu, estala o maracá.

O preá já dorme.

O galo cantou antes da hora!

Deus se lembre de quem morreu.

A fumaça do cigarro me embriaga, cheiro de café.

as vacas mugem, os porcos rocam.

O lobo uiva pra lua.

E eu grito juntinho do meu silêncio.

Chorei, chorei de saudades.

Pobre menina!

Mêdo da escuridão.

Patricia de Carvalho
Enviado por Patricia de Carvalho em 02/09/2014
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