NA ESCURIDÃO.
Está negra a noite.
Criaturas sobrenaturais a vagarem.
Tempos de jaboticaba
Mêdos do moleque sací..
Pensamentos bizarros, gargalhadas amedrontadas.
Fantásmas na escuridão.
Derrepente a lamparina se apaga.
O candieiro furou.
Gritos presos
Almas vazias.
O cavalo galopeia alta horas na escuridão.
Os cachorros latem, e correm do lobesomem..
a cascavéu, estala o maracá.
O preá já dorme.
O galo cantou antes da hora!
Deus se lembre de quem morreu.
A fumaça do cigarro me embriaga, cheiro de café.
as vacas mugem, os porcos rocam.
O lobo uiva pra lua.
E eu grito juntinho do meu silêncio.
Chorei, chorei de saudades.
Pobre menina!
Mêdo da escuridão.