QUE SINA!



Cantam cigarras cantigas de paz,
Ou de protesto... Será?
Dizem que quem canta, seus males espanta,
Mas as cigarras nos brindam
Com seu incomparável canto depois morrem.
Que sina!
Quase nunca as vimos.
O tempo de vida a que têm direito é tão efêmero
Que nos deixa saudades.
Parece que quando elas surgem o mundo vibra,
Seu canto nos estimula a prosseguir...
É como se houvesse pressa.
Coisas da mãe natureza!
Mas elas silenciam num tempo recorde,
Deixando um vazio tão desoldor,
Que nem o cantar dos pássaros preenche.
Que sina!