Infinitivamente

Vou escrever tudo que me sangra

até estancar a dor

que brinca escondida

entre as arestas não aparadas em meu peito

Vou rasgar a pele

trespassando o verbo

agudo que me agita

até aparecer novamente

o rubro da vida pulsando indiferente

em minhas veias

mais uma vez