EU E A NOITE.

Sentada no alpendre.

Era eu, a noite e a solidão.

Cadeiras vazias a balançarem ao vento.

Preenchidas de recordações..

O vento quebrou o silêncio.

Os capotes cantaram tô fraco.

Relicário.

Almas perdidas.

No meio a escuridão.

Os cachorros latem insensantimente.

Derrepente já dorme a lua.

As matas balançam como se tivessem assombradas.

Cheiro de canela.

No vazio desse alpendre.

Continuo novamente.

vejo meu avô ao lado.

Minha avó e meu pai.

Mas eles nem existem mais!!!

Devaneio.

Patricia de Carvalho
Enviado por Patricia de Carvalho em 01/09/2014
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