UMA FLOR PARA O MEU AMOR.

Igual a uma flor que fenece, existe uma prece, que compraz e nos enobrece, nada mais a brotar ou estilar, ou até porejar por uma semente, e somente um exsudar pode abastecer a tua raiz, e de repente se compor por uma cicatriz, que se faz assente, pois nada é permanente, é como podermos epilogar os descaminhos, e dominar a nossa lembrança, já que a urdida esperança não é mais uma criança.

Penso em como me transformar, e depois me cultivar só de brilho, no estribilho de um refrão, estender a minha mão, e refletir no teu coração, como uma canção cheia de emoção, até te dar um abraço, nesse todo teu pedaço, que é como um espaço espraiado, com um tom levemente dourado, com uma ramada de flores espalhas no chão.

Quero ataviar um espelho de agua e luz, provocar com um sinal da cruz, adornar os teus cabelos com um centelho sem embaçar, andar sem se açodar pelas veredas, te secar com fios de sedas, ser rastreado pelo teu olhar em detecção, e me deixar fluir pela tua aparição.

Sinto o recrudescer da natureza, na certeza de superar a tristeza, e fazer estremecer um afluente, conter uma enchente, desse teu rio corrente, e das tuas lagrimas que não mais vão desaguar, e sim desabrochar como pétalas de uma flor a aprestar, e te acrisolar numa profunda reflexão, que é uma fração do meu todo, que eu posso te proporcionar.

Marcus Paes
Enviado por Marcus Paes em 01/09/2014
Reeditado em 29/06/2018
Código do texto: T4945000
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